Perigos das Dietas sem Orientação



Há quem tenha sempre na manga uma dieta da sopa, da proteína, dos pontos, do grupo sanguíneo, sem glúten, que eliminam o consumo de determinados alimentos e exageram na ingestão de outros. O que na maioria das vezes não fica bem explicado é que remédios e alterações radicais na alimentação sem ter o acompanhamento nutricional podem colocar a saúde em risco e trazer complicações piores do que o excesso de peso. Ainda mais no Brasil, apontado como o país que mais consome medicamentos para emagrecer.
Quando um nutricionista planeja o programa alimentar do paciente, aspectos de sua individualidade devem ser respeitados, como história clínica, familiar e social, exames laboratoriais, preferências, aversões e intolerâncias alimentares, doenças associadas, interações medicamentosas, nível de atividade física e questões psicológicas. Portanto, é fácil concluir que muitos prejuízos podem ser causados por regimes de emagrecimento realizados sem adequada avaliação.

As adolescentes são as maiores vítimas da adoção das dietas da moda. Os regimes com restrições exageradas provocam desequilíbrios emocionais e físicos. Os riscos são grandes para as pessoas que perseguem um padrão ideal de beleza, adotando hábitos alimentares por conta própria.

1. Quais os artifícios considerados completamente inadequados utilizados pelas mulheres para perda de peso?

Geralmente as restrições são extremamente rígidas, favorecendo o desequilíbrio metabólico. As pessoas que se submetem a este tipo de dieta ficam muito tempo sem se alimentar e, quando comem, não se alimentam de forma adequada por dar preferência aos alimentos de baixo valor calórico. Muitas vezes a carência pode levar à compulsão.

A adoção de regimes, o jejum, a atividade física e a preocupação com a comida e com o peso são comuns na nossa cultura. Entretanto estes comportamentos podem ser considerados danosos à saúde, quando se transformam em obsessão. Essa obsessão pode levar a exageros (até o empanturramento) seguido de jejuns, vômitos autoprovocados, atividade física compulsiva ou outras condutas centradas na comida, que afeta sua existência e condiciona seu estado de ânimo.

2. Dietas muito restritivas podem levar a casos de anorexia e bulimia? Por que?

Para muitas pessoas, a comida adquire um significado que vai além de satisfazer as demandas do corpo. O alimento pode servir-lhes para acalmar ansiedades, como anestésico para bloquear pensamentos ou sentimentos dolorosos ou para aliviar as tensões. Para outras, a restrição alimentar será uma tentativa de controlar as necessidades que surjam a partir de seu interior e que são vividas como perigosas, um gesto de rebeldia em relação aos pais ou um desvio para postergar a entrada na adolescência.

3. Em média, em qual idade as mulheres mais se submetem a estas dietas?

Geralmente na adolescência (considerando as meninas e atualmente também os meninos). 
Os hábitos alimentares são influenciados por fatores fisiológicos, psicológicos, socioculturais e econômicos, e a formação destes ocorre à medida que a criança cresce até o momento em que farão parte da sua dieta. 
Um dos principais fatores no culto ao corpo são os socioculturais (Ex: Mídia e influência do grupo), familiares (Ex: crítica), influências negativas, baixa auto-estima e insatisfação corporal. Possíveis conseqüências destas dietas:
- Anorexia e Bulimia
- Desequilíbrio Metabólico
- Colesterol (dietas de consumo excessivo de proteínas - sobrecarga renal e hepática)
- Anemia
- Agravamento de quadros patológicos: por exemplo, no caso da dieta da lua, líquidos em demasia para pessoas com insuficiência renal, cuja dieta geralmente é restrita em líquidos.

4. Qual o papel do nutricionista nessa situação?

O papel do nutricionista é o de favorecer a saúde. Prevenir doenças e contribuir para uma melhor qualidade de vida, através do consumo adequado de alimentos (matéria-prima) em qualidade e em quantidade. Os nutrientes são essenciais para que o organismo realize as suas funções corretamente e, assim, seja capaz de se defender dos agressores que enfrentamos no dia-a-dia. Carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, sais minerais, fibras e água são os nutrientes que irão garantir o bem estar físico, mental e social. Todos devem estar sempre presentes no cotidiano do ser humano.
As dietas "da moda" não apresentam respaldo científico, mas acabam influenciando a população pelas crenças e modismos que se estabelecem de tempos em tempos. Regimes e dietas não favorecem um hábito, pois não há equilíbrio, sendo muito difícil manter o peso desejado, portanto, nada melhor que a reeducação nutricional, função do nutricionista, adequando as necessidades biológicas de cada indivíduo. Os comportamentos alimentares inadequados devem ser modificados e o prazer na alimentação resgatado.

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