Mantenha seu intestino saudável em 14 passos


O câncer de intestino também conhecido como câncer de cólon e reto, é um dos mais incidentes do Brasil, com 30 mil novos casos por ano segundo aponta os dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Ficando atrás apenas dos de pele, próstata e mama feminina.
O principal fator de risco para esse tipo de câncer é o histórico familiar. Porém, podemos nos beneficiar de bons hábitos para manter o intestino sempre saudável, ajudando a prevenir e afastar o câncer de cólon e reto e outros problemas relacionados como a presença de pólipos - pequenos acúmulos de pele que podem ser um sinal de alerta para o câncer. Confira:

1- Faça os exames regularmente

 O teste mais específico para avaliação direta do intestino grosso e reto é a colonoscopia. Trata-se de uma endoscopia feita pelo ânus que permite a visualização direta de toda a mucosa intestinal em sua circunferência, desde o reto até o fim do intestino delgado, possibilitando a coleta de material para análise.
A colonoscopia deve começar a ser feita a partir dos 50 anos de idade para pessoa sem histórico familiar da doença. E após os 40 anos ou 10 anos antes da idade do caso mais precoce, aqueles que possuem histórico na família. Esse exame também pode ser indicado em investigação de dores abdominais, alteração do hábito intestinal, hemorragias pelo ânus, diarreias e outras queixas relacionadas.

A cápsula endoscópica é um exame que também permite a visualização da luz intestinal, mas não permite biópsias.Existem também testes indiretos radiológicos dos cólons, que são o clister opaco e a colonoscopia virtual. Além do histórico familiar, a presença de doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a doença de Crohn e a retrocolite ulcerativa, aumentam o risco de câncer de cólon e reto. Devem manter uma regularidade anual do exame após oito anos de doença se portador de colites ou uma vez a cada dois anos se tiver uma doença que afeta um segmento específico do intestino, como diverticulite.

2- Evite alimentos que você seja intolerante

O primeiro lugar de contato dos alimentos é o tubo digestivo, cujo altera a permeabilidade do tubo e também a flora intestinal.

3- Evite o glúten

O glúten tem uma característica física de ser tipo uma cola (chiclete). Sua ingestão exagerada pode predispor à desregulação das bactérias. Algumas pessoas que têm doença celíaca fazem uma reação muito exacerbada a essa proteína, podendo até destruir toda a parede intestinal.

4- Evite o consumo excessivo de carne vermelha, embutidos, enlatados e defumados

A digestão desses alimentos resultam na produção de metabólitos, substâncias tóxicas que podem ser o estopim para transformação genética das células da mucosa no intestino grosso, se muito tempo em contato com a mucosa intestinal. O consumo de carne vermelha deve ser limitado a 200g entre uma ou duas vezes por semana para aqueles em grupo de risco para doenças do intestino. As carnes processadas aumentam o risco de câncer mais do que o consumo de carne não processada, por conta das substâncias cancerígenas que são formadas a partir do método de processamento da carne.

5- Evite uso de antibióticos desnecessários

Os antibióticos podem matar as bactérias ruins, mas por consequência, acabar matando as bactérias boas que são extremamente importantes para o bom funcionamento do intestino.

6- Nutra o seu intestino

O aminoácido mais importante para intestino delgado é a glutamina, presente em peixes, aves, carnes, ovos, couve, espinafre e brócolis. Para o intestino grosso é um ácido graxo de cadeia curta, o butirato, presente na manteiga, de preferência a clarificada (Ghee), que não possui lactose.

7- Coma mais fibras

Consuma em torno de 30 gramas de fibras por dia. O consumo de frutas, legumes, verduras e grãos integrais aumenta a quantidade de bactérias boas do intestino, ajudando no seu pleno funcionamento. As fibras regularizam o trânsito, diminuindo o tempo de exposição da mucosa intestinal a substâncias potencialmente cancerígenas. Elas também ajudam a formar um bolo fecal macio, o que facilita a evacuação. Vale apostar em aveia, linhaça e frutas como ameixa e mamão. Mas é preciso ingerir muito líquido. Caso contrário, o bolo fecal fica endurecido e a constipação acaba piorando.

8- Beba mais água

Beber, no mínimo, 2 a 3 litros de água por dia melhora  a hidratação da mucosa intestinal e é fundamental para o bom funcionamento do intestino.

9- Cuidado ao ingerir laxante diariamente

Está comprovado que os laxantes podem prejudicar o funcionamento das fibras nervosas do intestino e lesionar o seu revestimento interno, quando consumidos em excesso e sem supervisão médica.

10- Controle o peso

Estar com o peso acima do que é considerado saudável pode ser um fator de risco para o câncer de intestino. A obesidade e o acúmulo de gordura abdominal aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver câncer de cólon e reto. O desequilíbrio metabólico, que inclui sobrepeso, obesidade e diabetes, aumenta em 25% o risco de câncer de intestino. A circunferência abdominal acima do indicado interfere 65% no risco de ter esse tipo de câncer. Pois influencia diretamente nos níveis de insulina e glicose, contribuindo na desregulação do metabolismo.

11- Faça exercícios

A prática de exercícios físicos regularmente reduz em 24% a incidência de câncer de intestino. Pessoas que se exercitam de forma regular têm menos chance de desenvolver este tipo de câncer quando comparados a pessoas sedentárias. 30 minutos de atividade física moderada em cinco dias da semana ajudará seu intestino a funcionar melhor, estimulando a movimentação do órgão, além de contribuir para diminuição do estresse e controle do peso, ambos fatores conhecidos por aumentar o risco de câncer.

12- Não faça exercícios depois de comer

Durante a digestão, nosso organismo desvia parte do fluxo sanguíneo para o aparelho digestivo, permitindo que ele trabalhe de forma mais eficiente. No entanto, quando nos exercitamos após as refeições, o corpo precisa irrigar também os músculos, e o sangue que tinha destino certeiro deixa a digestão de lado. O resultado é um desconforto gástrico, refluxo e até câimbras. Para otimizar a digestão, prefira uma leve caminhada.

13- Modere no álcool

A relação direta entre álcool e câncer de intestino não está completamente estabelecida. Mas este risco é maior para pessoas que ingerem mais de 45 g de álcool por dia (equivalente a aproximadamente três latas de cerveja de 350 mL, três taças de vinho de 150 mL ou três doses de uísque de 40 mL). É importante lembrar que pequenas quantidades de álcool podem ter efeitos benéficos para a saúde, mas por outro lado mesmo pequenas doses podem ser problemáticas para pessoas com risco para alcoolismo. Dessa forma, é importante ficar atento para o histórico familiar do problema.

14- Pare de fumar

Existem mais de 100 estudos científicos comprovando que o cigarro é causa de câncer de intestino. De forma global, quem fuma tem 18% mais chance de desenvolver câncer de cólon e reto quando comparado ao não-fumante. As substâncias tóxicas do cigarro estimulam mutações genéticas em todo o organismo, podendo favorecer uma série de cânceres.

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